terça-feira, 22 de março de 2011

Outono

Significado de Outono.
"s.m. Estação do ano que sucede ao verão e precede o inverno. No hemisfério sul o outono ocorre de meados de março até meados de junho. No hemisfério norte, é outono de meados de setembro até meados de novembro. O outono não dura muito nas regiões polares, onde o inverno extremamente frio começa bem cedo. Nas regiões tropicais, as mudanças de estação não são grandes".



Na teoria o resumo acima é o significado do outono. Na prática, enxergamos e sentimos a mudança de estação com mais força e sensibilidade.

Os dias são mais frios, as noites mais aconchegantes, as pessoas começam a ficar mais elegantes e mais “vestidas”, os jardins começam a mudar de cores, as ruas ficam mais vazias, e a cozinha mais quente, mais gostosa, mais convidativa e perigosa.

Tantas mudanças exteriores podem retratar também nosso interior. É um tempo para repensar os caminhos e escolhas feitas até aqui.

O verão é representado por cores, flores, águas, gelo e praias. O inverno é retratado por nuvens, chuvas, casacos, neves e montanhas. E o Outono? É retratado pela cor marrom, flores caídas no chão, rostos pensativos, garoas, e rastros de sol.

Este pode ser o momento de nos refazermos do verão e nos preparamos para o inverno. O verão nos permite, o inverno nos esconde. Qual foi a sua grande permissão este ano, e qual será o seu esconderijo na próxima estação?

A minha grande permissão, foi aceitar que eu não sou onipotente, que não preciso saber tudo e resolver tudo, que posso sim ser feliz sem buscar a aprovação alheia. Meu esconderijo será ficar firme na minha fé, e nas minhas convicções, no meu Deus que tudo pode.

Por que, o novo sempre vem. Mesmo depois do inverno, pode ser em forma de primavera ou um novo verão. E detalhe, no tempo certo. Sempre.





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
imagens: charm-events.blogspot.com/

quarta-feira, 16 de março de 2011

Vamos tomar um café?

Hoje, pensando em um acontecimento inesperado, sabe aquela oportunidades que você quer tanto que aconteça, e tenta planejar de todas as formas? E ela chega da forma menos habitual possível, e você percebe que precisa se mover, sair do lugar.  Viver exige estar alerta e ás vezes, nos pede rapidez!
E pensando nisto divido com vocês um "café" literário da Martha Medeiros:

A Morte Devagar


Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso,evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado.
Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova,não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário.
Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento,mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos,sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira,pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante.
Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia.
Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.
Martha Medeiros